Celebrado em 1º de junho, o Dia Internacional do Leite é uma oportunidade para destacar a relevância social, econômica e nutricional desse alimento essencial.
Na Bahia, a bovinocultura de leite vai muito além da produção: ela representa dignidade, inclusão produtiva e transformação de vidas no campo. Para milhares de famílias agricultoras, o leite é fonte de renda, segurança alimentar e fortalecimento da economia local.
Espalhadas por diversos territórios baianos, as agroindústrias familiares têm papel fundamental nesse processo de mudança. Em Várzea Nova, a Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região é um exemplo concreto de como o setor pode prosperar.
Segundo o diretor comercial da cooperativa, Fred Jordão, o crescimento tem gerado impactos significativos na vida de mais de 300 produtores. “Só nos últimos três meses, saltamos de 19 mil para 28 mil litros de leite por dia. Esse avanço nos permite sonhar mais alto, com a perspectiva de produzir queijos finos, de alto valor agregado”, comemora.
Leite de cabra: um novo horizonte
Além da cadeia produtiva do leite de vaca, fortalecida por investimentos do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em 31 agroindústrias familiares, a caprinocultura de leite também vem transformando realidades no semiárido baiano.
Na comunidade de Testa Branca, em Uauá, o laticínio local está em plena atividade. O presidente da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), Adilson Ribeiro, entidade responsável pelo empreendimento, destaca os avanços a partir da comercialização dos queijos.
“Hoje, temos a produção de variados tipos de queijos de leite de cabra (a exemplo do queijo coalho- fresco, maturados- tipo do reino, defumado, entre outros), apontando o iogurte como o queridinho dos consumidores. A ideia é comercializar esses produtos tanto em feiras e mercados quanto por meio dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Atualmente, o laticínio movimenta cerca de R$ 80 mil por mês com os agricultores, impactando diretamente na vida de mais de 40 agricultores/as que fornecem o leite de cabra e indiretamente para mais de 100 famílias das comunidades assistidas”, afirma Adilson.fonte:mail.com.br