Na última semana, Dona Lurdes, moradora da Avenida Brasil, em Barra do Choça, relatou ao Blog do Jorge Amorim uma experiência de constrangimento e desrespeito que viveu ao tentar acessar a agência da Caixa Econômica Federal no município.
Segundo o relato, o episódio aconteceu no dia 27 de março. Dona Lurdes, que possui um marca-passo e, portanto, não pode passar por detectores de metais, foi impedida de entrar pela porta giratória da agência. O segurança solicitou que ela fosse submetida ao detector manual, o que ela se recusou a fazer, justamente pelo risco que o aparelho representa para quem usa dispositivo cardíaco.
“Apresentei minha carteirinha de portadora de marca-passo, como faço em qualquer outro lugar. Mesmo assim, fui impedida de entrar. O segurança disse que só com detector. Voltei no outro dia, disse que ia procurar um advogado, e aí me deixaram entrar. Mas o gerente disse que eu precisava de um laudo médico atualizado. Ora, eu já tenho a carteirinha, para que mais um laudo?”, relatou a idosa.
Dona Lurdes ainda informou que o gerente se recusou a pegar o documento apresentado por ela, reafirmando a necessidade do laudo. Ao tentar resolver novas pendências nesta semana, voltou a ser barrada. “Queria fazer um depósito e tirar um extrato no caixa. O gerente ainda me disse: ‘a senhora aqui de novo desse jeito?’”, desabafou.
Impedir o acesso de uma idosa portadora de marca-passo, mesmo diante da apresentação de carteirinha, sem ao menos analisar o documento, pode configurar desrespeito aos direitos fundamentais e à dignidade da pessoa humana.
A exigência de um novo laudo médico, ainda mais quando há comprovação oficial do uso de marca-passo, pode ser considerada abusiva.
Dona Lurdes afirma que já buscou um advogado, mas enfrenta dificuldades com os custos do atendimento jurídico. “Já deixei isso quieto uma vez, mas agora chega! É um absurdo!”, concluiu.
*Blog do Jorge Amorim reforça seu compromisso com a informação responsável e imparcial, e destina espaço para que a Caixa Econômica Federal, agência de Barra do Choça, possa se manifestar e esclarecer os fatos relatados pela senhora Dona Lurdes, apresentando sua versão sobre o ocorrido e informando quais medidas estão sendo adotadas para garantir o respeito aos direitos dos clientes, especialmente dos idosos e pessoas com necessidades específicas de atendimento.