Blog do Jorge Amorim

EUA e China anunciam redução temporária da tarifas

Scott Bessent (dir.), secretário do Tesouro dos EUA, durante anúncio do acordo entre EUA e China

Os EUA e a China anunciaram nesta manhã a redução por 90 dias das tarifas alfandegárias recíprocas em 115 pontos percentuais.

Com a queda, a tarifa básica de importação para produtos chineses cairá de 145% para 30% nos EUA; e a de produtos americanos, de 125% para 10% na China.

A suspensão deve entrar em vigor nesta quarta-feira.

O acordo foi firmado durante um encontro de delegações dos dois países que teve início no fim de semana em Genebra.

Segundo o comunicado conjunto, os países também concordaram em “estabelecer um mecanismo para prosseguir com as conversações sobre as relações comerciais e econômicas”.

“Queremos uma (relação) comercial mais equilibrada”, declarou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, em Genebra, que admitiu que as tarifas em vigor – resultado da guerra comercial iniciada por Donald Trump – funcionavam como “embargo” ao comércio entre os dois países.

O anúncio provocou alta em mercados ao redor do mundo.

Lula na China: “Protecionismo pode levar à guerra”

Em viagem à China, o presidente Lula disse hoje que o protecionismo econômico pode levar o mundo à guerra.

“Não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos Estados Unidos tentou impor no planeta Terra do dia para a noite”, disse Lula.

“O multilateralismo foi o que garantiu todos esses anos de harmonia entre os Estados, não foi o protecionismo.

O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história da humanidade.”

A declaração foi feita após o anúncio da trégua na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

Amanhã, Lula se reunirá com o líder chinês, Xi Jinping. Esta é a terceira visita de Estado de Lula à China, durante a qual devem ser divulgados novos investimentos do país asiático no Brasil.

Ucrânia acusa Rússia de ataque após proposta de diálogo

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sibiga, afirmou nesta segunda-feira que o país continua sendo atacado por drones russos, apesar do pedido de cessar-fogo incondicional feito por líderes europeus e da proposta de diálogo direto com Putin feita ontem por Zelensky.

A oferta de Zelensky foi uma resposta direta à proposta de Putin, feita mais cedo, de negociações entre os dois países.

“Propomos às autoridades de Kiev que retomem as conversações que foram interrompidas em 2022 e, enfatizo, sem nenhuma condição prévia”, afirmou Putin. “Propomos iniciá-las sem demora na quinta-feira, 15 de maio, em Istambul.”

Depois das declarações de Putin, Zelensky disse em sua conta nas redes sociais que “não há sentido em prolongar as mortes.” “Estarei esperando por Putin na Turquia na quinta-feira. Pessoalmente”, escreveu Zelensky.

Hamas anuncia libertação de refém americano

As Brigadas Al Qassam, braço militar do grupo palestino Hamas, anunciaram que libertarão hoje o refém americano-israelense Edan Alexander, de 21 anos, após negociações diretas com os Estados Unidos.

A soltura do refém deve ocorrer às vésperas de uma viagem de Donald Trump pelo Oriente Médio.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel estabelecerá “um corredor seguro para permitir a libertação de Edan”, mas disse que a libertação não levaria a um cessar-fogo nem à libertação de prisioneiros palestinos.

O governo de Israel afirmou que as negociações para um possível acordo que resulte na libertação de todos os reféns em Gaza acontecerão “sob fogo” e que Israel prepara “uma intensificação dos combates”.

Edan Alexander, o único refém vivo com nacionalidade americana ainda retido em Gaza, foi sequestrado quando servia em uma unidade de elite no sul de Israel, durante o ataque do Hamas que deixou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.

Desde então, a ofensiva israelense já deixou mais de 52 mil mortos.

Índia reabre aeroportos após cessar-fogo com Paquistão

A Índia anunciou hoje a reabertura de 32 aeroportos, após o fechamento de um acordo de cessar-fogo com o Paquistão no sábado.

Ainda nesta segunda-feira, militares dos dois países devem se reunir para discutir detalhes do acordo, anunciado por Donald Trump e confirmado pelos dois lados.

Os governos indiano e paquistanês, porém, afirmaram que continuarão em estado de alerta para eventuais violações do tratado e ameaçaram retaliar, caso isso ocorra.

O mais recente episódio de hostilidade entre as duas potências nucleares teve início na quarta-feira da semana passada com um ataque de mísseis indianos que deixou dezenas de mortos no Paquistão.

Em resposta, o Paquistão usou fogo de artilharia contra o país vizinho.

A Índia justificou o ataque como uma resposta a um atentado que deixou 26 turistas mortos em abril em uma região da Caxemira. O governo do Paquistão nega envolvimento na ação.

Grupo curdo PKK abandona armas após 40 anos

O grupo curdo PKK anunciou hoje que está abandonando a luta armada e vai se desintegrar, após mais de quatro décadas de luta contra o Estado turco.

Em um comunicado publicado pela agência de notícias ANF, ligada ao PKK, o grupo afirma que “concluiu sua missão histórica” e que “encerraria o método da luta armada”.

A partir de agora, a questão curda “pode ser resolvida por meio da política democrática”.

A medida foi tomada após um apelo do líder do grupo, Abdullah Ocalan, que está preso há 26 anos, cumprindo uma pena de prisão perpétua.

Cerca de 40 mil pessoas morreram desde o início da insurgência liderada pelo PKK na década de 1980. Inicialmente, o PKK defendia a criação de um Estado curdo, mas, mais recentemente, passou a lutar por mais autonomia para os integrantes da etnia, que respondem por 20% da população turca. Fonte:gmail combr


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