Um caso comovente e que levanta sérias dúvidas sobre o atendimento médico foi registrado por uma família de Barra do Choça. O pequeno Anthony Levi nasceu sem vida no Hospital Municipal Esaú Matos, em Vitória da Conquista, e os pais — Camilly, moradora de Barra do Choça, e Ezequiel Souza, de Vitória da Conquista — buscam explicações para o que consideram uma possível negligência médica.
Segundo relato emocionado da família, Camilly estava no sétimo mês de gestação quando começou a perder líquido amniótico, no final de setembro de 2024. Mesmo após procurar atendimento no Esaú Matos, ela teria sido orientada a voltar para casa. Ainda sentindo dores e com sinais de alerta, ela retornou à unidade, mas os problemas continuaram.
“Eu soube no domingo que o neném estava sem batimentos, e na segunda-feira confirmamos com um ultrassom particular. Foi desesperador”, contou Camily. Ela relatou que a bolsa rompeu com um líquido escuro e com cheiro forte, o que indica que o bebê já estava morto há dias. “A água saiu toda preta, com um cheiro muito forte. O caixão nem pôde ser aberto”, lamentou Camilly.
A família afirma que, se houvesse um acompanhamento mais rigoroso ou se tivesse sido mantida em observação no hospital quando deu entrada com perda de líquido, o desfecho poderia ter sido diferente. “Ele morreu por falta de líquido, desde o dia 27 eu vinha perdendo tudo, e ninguém fez nada”, afirmou a mãe, ainda abalada.
O caso gerou comoção entre familiares e amigos, que estão se mobilizando para realizar uma manifestação em frente ao Hospital Esaú Matos. Eles pedem justiça, responsabilização dos envolvidos e mais atenção no atendimento a gestantes, para que outras mães não passem pela mesma dor.
