Blog do Jorge Amorim

Maguila, ícone do boxe brasileiro, morre aos 66 anos e deixa legado de superação e carisma

*Informações G1

Nesta quinta-feira (24), o Brasil perdeu uma de suas maiores lendas do boxe: José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos. O ex-pugilista, que encantou o país com seu talento nos ringues e carisma fora deles, deixou uma trajetória marcada pela superação e pela popularização do boxe no Brasil.

Nascido em Aracaju, Sergipe, em 1958, Maguila começou a se interessar pelo boxe ainda na infância, inspirado por nomes como Éder Jofre e Muhammad Ali. Na adolescência, ele se mudou para São Paulo, onde, além de trabalhar como servente de pedreiro, encontrou o caminho para o boxe, que logo se tornaria sua paixão e carreira.

Maguila iniciou sua jornada nos ringues em 1981, em um torneio amador em São Paulo. Dois anos depois, conquistou o título de campeão brasileiro no Ginásio do Ibirapuera, onde também viveu grandes momentos da sua carreira. Entre suas vitórias mais memoráveis, está o combate contra o norte-americano James “Quebra-Ossos” Smith, em 1987.

Com 85 lutas no currículo, Maguila venceu 77, sendo 61 por nocaute, e sofreu apenas sete derrotas. Ele desafiou grandes nomes do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman, e apesar das derrotas, Maguila lembrava esses momentos com humor. “Bater no Foreman era como bater numa parede”, brincava.

Além de seu sucesso nos ringues, Maguila inspirou gerações de atletas. “Maguila, para mim, sempre foi uma referência de superação. Nordestino, sergipano, me mostrou que um pobre nordestino pode sim vencer”, declarou Popó, tetracampeão mundial de boxe. Robson Conceição, campeão olímpico em 2016, também destacou a importância do ídolo: “Sempre muito aguerrido, Maguila foi um ícone para mim.”

Em 2010, Maguila foi diagnosticado com Alzheimer, mas posteriormente descobriu-se que ele sofria de encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença degenerativa causada por repetidos traumas na cabeça. O ex-pugilista aceitou doar seu cérebro para pesquisas científicas, assim como Éder Jofre, que também teve o mesmo diagnóstico.

Maguila encerrou sua carreira em 2000, aos 42 anos, mas sua presença transcendeu os ringues. Ele se aventurou como comentarista de economia popular na televisão e até cantor. O Ministério do Esporte destacou o legado deixado por Maguila, ressaltando sua generosidade e dedicação às causas sociais.

O ex-boxeador deixa três filhos e sua esposa, além de uma legião de fãs que o acompanharam ao longo de sua trajetória. O legado de Maguila no esporte e sua história de superação jamais serão esquecidos. Informações G1


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