Blog do Jorge Amorim

Deitada em maca, sobrevivente acompanha velório de filha em acidente com 24 mortos na Bahia

Flávia Carneiro, de 34 anos, uma das sete sobreviventes do acidente entre um caminhão e um ônibus de turismo, que terminou com 24 mortes, na Bahia, acompanhou o velório da filha, Isabela Santos de Almeida, de 14 anos, deitada em uma maca, com a cabeça enfaixada.

O velório aconteceu na manhã desta terça-feira (9), no bar da mãe de Flávia Carneiro e avó de Isabela, Maria Eunice Gonzaga, em Jacobina. A dona do estabelecimento também morreu após a batida.

“Antes de eu conseguir sair do ônibus, comecei a chamar por eles todos, para ver se alguém me escutava e eu tentava ajudar, mas não escutei ninguém. Chamei por todos”, contou Flávia Carneiro.

Apenas Flávia Carneiro e a prima Ana Clara sobreviveram à tragédia.As duas foram socorridas e levadas para um hospital na cidade de Nova Fátima, mas já tiveram alta hospitalar.

No velório, a sobrevivente afirmou que sentiu o motorista do ônibus aumentar a velocidade do ônibus momentos antes da batida. Flávia Carneiro também relembrou a última viagem que fez com a família e lamentou o acidente.

“A gente chegou lá cedo, 5h [de domingo], foi tranquilo. Todo mundo bem alegre, rindo. As meninas não conheciam a praia ainda. A gente só queria voltar em paz, mas aconteceu essa tragédia e eu perdi minha família”.

“É uma coisa inexplicável”. Foi como Alexandre Almeida, o pai da Isabela, tentou definir a tragédia.

“É muito triste, eu estou tentando me segurar porque eu tenho que ser forte nesse momento, mas está doendo. Está doendo muito”, disse Alexandre em entrevista ao g1 e à TV Bahia durante o velório da menina.

“Eu preferia que eu fosse no lugar da minha filha. A gente tem filho para os filhos enterrarem os pais, não os pais enterrarem os filhos e eu estou enterrando minha filha amanhã de uma forma trágica”, disse o homem.

Seu último contato com a adolescente foi justamente no sábado (6) anterior à viagem, quando foi levar dinheiro para a filha lanchar no passeio, em Guarajuba.

“Foi a última vez que eu falei [com ela] e abracei minha filha”, lamentou.

Fonte: G1

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