O atual vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de 53 anos, afirmou que quando assumir a prefeitura dará continuidade ao trabalho já realizado por Bruno Covas (PSDB), que morreu neste domingo (16), por causa de um câncer, aos 41 anos. Ele afirmou que seguirá as mesmas diretrizes do tucano.

“Continuação da gestão Bruno Covas. Não terá diferença. Temos o nosso plano de metas, o que o Bruno e eu falamos na campanha, vamos continuar as mesmas coisas. Não haverá mudança em nada que o Bruno planejou e definiu. Dizem que vou trocar secretários. É fofoca. Será uma gestão Bruno Covas até 2024. Não existe qualquer outra possibilidade a não ser homenagear o carinho que ele tem pela cidade”, disse.

Em entrevista à coluna Painel, do jornal Folha de SP, Nunes lamentou a morte do político e pontuou que até o último momento ele demonstrava preocupação com a cidade e com as taxas de contaminação do novo coronavírus.

“Estávamos trabalhando normalmente. Misto de trabalho e internação, claro, mas o tempo inteiro ele com o jeitão de preocupado, cobrando, pedindo para que as coisas caminhassem. A ocupação de leitos de UTI vinha subindo e ontem caiu para 77% e eu não pude mandar uma mensagem para ele. Ele estava muito preocupado com isso. Ficou preocupado com a cidade até o último momento”, contou, emocionado.

Ainda no bate-papo, o político rebateu opositores que o consideram de direita ou apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Bolsonarista eu nunca escutei. É claro que não sou. Eu sou um defensor da democracia, a minha linha é muito próxima da linha do Bruno. Defesa da democracia de forma absoluta. Não sou de extrema-direita nem de extrema-esquerda. Tanto é que quando o Bruno foi internado, o PT soltou uma nota desejando melhoras ao Bruno e sorte para mim”, completou.

*Bahia.ba