Trezentas e cinquenta mil doses de vacina chegaram aos postos para proteger os profissionais de educação.
Profissionais da educação do estado de São Paulo começaram neste sábado (10) a receber a vacina contra a Covid. A primeira dose da vacina quase rouba as palavras da professora de português.
“Realmente hoje me faltam as palavras. As que são mais próximas realmente são três: esperança, gratidão e emoção. É o que eu consigo expressar nesse momento”, relata a professora de português Zilma Rocha Silva.
Com vocabulário de educador e ansiedade de aluno, um novo grupo vai ganhando imunidade contra a pandemia em São Paulo. “Que todos os professores possam estar sentindo essa emoção tão grande que eu senti nesse momento, que possam ser todos vacinados, pra que a gente possa voltar a abraçar nossos alunos, que nós possamos estar juntos novamente”, conta Karen Moreira Peixoto, professora estadual.
Para os infectologistas, não existe caminho de volta à vida antes da pandemia que não passe pela fila da vacinação. E neste sábado, o estado de São Paulo deu mais um passo nessa direção. Trezentas e cinquenta mil doses de vacina chegaram aos postos para proteger os profissionais de educação das redes pública e privada.
E assim se preparam para volta das aulas presenciais, desde que autorizadas pelas prefeituras. É que a partir de segunda-feira (12), o estado de São Paulo avança no plano de retorno das atividades – da fase emergencial para a vermelha.
Na prática muda pouco. Mas os médicos que ainda enfrentam longos plantões se preocupam com a mensagem passada à população.
“Apesar da gente tá voltando um pouco antes da hora, as medidas de volta tem que ser muito controladas. Não dá pra haver retorno Às atividades da forma que fazíamos antes deste fechamento. É necessário que autoridades continuem exercendo seu papel de fiscalização, de bloqueio de atividades altamente contaminantes”, destaca Sérgio Zanetta, médico sanitarista.
“O mais importante é a gente continuar brigando pra que tenha disponibilidade de vacina, que as vacinas cheguem, sejam distribuídas, não se perca tempo pra aplicar essas vacinas”, frisa Max Igor Lopes, infectologista.
“Eu quero acreditar que logo nós estaremos de volta no presencial pra que tudo volte ao normal pra voltar a ser feliz, sabe?”, finaliza a professora Ana Cristina de Lima Gouveia. G1