Entre os que hoje julgam o presidente mais incapaz estão os mais ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos (62%) e os que têm curso superior (também com 62%)
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília, na quinta-feira (10) — Foto: Alan Santos/PR
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (17), no site da “Folha de S.Paulo”, aponta que cresceu para 56% o número de brasileiros que consideram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incapaz de liderar o país. Na pesquisa anterior, realizada em janeiro, 50% dos entrevistados haviam dado essa resposta.
Segundo o levantamento, o percentual de brasileiros que consideravam Bolsonaro capaz de liderar foi de 46% para 42% de janeiro para março, com oscilação negativa no limite da margem de erro. Não souberam responder 3%, ante 4% no começo do ano.
Quando a pandemia começou, há um ano, Bolsonaro era melhor avaliado. Em abril de 2020, ele foi tido como capaz de liderar o país por 52% dos brasileiros, em detrimento de 42% que o julgavam incapaz.
- 56% não acreditam que Bolsonaro é capaz de liderar o país (20 e 21 de janeiro: 50%; 24 e 26 de maio de 2020; 52% ; 27 abril de 2020: 49%; 3 de abril de 2020: 44%)
- 42% acham que Bolsonaro é capaz de liderar o país (20 e 21 de janeiro: 46%; 24 e 26 de maio de 2020: 45%; 27 abril de 2020: 45%; 3 de abril de 2020: 52%);
- 3% não sabem responder se Bolsonaro é capaz de liderar o país (20 e 21 de janeiro: 4%; 24 e 26 de maio de 2020: 3%; 27 abril de 2020: 5%; 3 de abril de 2020: 4%)
Entre os que hoje julgam o presidente mais incapaz estão os mais ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos (62%) e quem tem curso superior (também com 62%).
Moradores da região Nordeste também compõem a massa crítica do governo, com 63% dos que avaliam o presidente incapaz de liderar o Brasil.
Os que confiam no presidente, por outro lado, são moradores da região Sul (51%), Norte/Centro-Oeste (49%) e evangélicos 52%.
O Datafolha reforçou também que, no mesmo levantamento, o índice de ótimo e bom atribuído ao desempenho do presidente no combate à crise caiu ao menor índice da série histórica: 22%. G1