Blog do Jorge Amorim

Brasil supera 20 mil casos oficiais de coronavírus; mortes chegam a 1.124

 

O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 1.124 o número de mortes registradas pelo novo coronavírus no Brasil — 68 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até ontem, eram 1.056 mortes.

O país superou a marca de 20 mil casos registrados. No total, são exatos 20.727 casos oficiais até agora — aumento de 1.089 diagnósticos em um único dia —, segundo o Ministério.

O número real de infectados pelo coronavírus no país tende a ser maior porque os testes são realizados prioritariamente em pessoas hospitalizadas.

Estudos indicam que 86% dos contaminados não apresentam sinais ou têm apenas sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe comum. Esses casos assintomáticos e/ou que não são submetidos a testes acabam ficando fora das estatísticas da covid-19.

Taxa de letalidade

A taxa de letalidade —que compara o número total de infectados no Brasil com a incidência de mortes— é de 5,4%. O Ministério da Saúde ainda não divulga dados oficiais sobre o número de pessoas que se curaram da doença.

A taxa real de letalidade deve ser menor porque o país faz poucos testes. Quando há poucos casos confirmados, ela fica artificialmente maior.

Por exemplo, se há 20 mil casos e 1.000 mortes, a letalidade é de 5%. Se são 40 mil casos com as mesmas 1.000 mortes, a letalidade cai para 2,5%. UOL

Alastramento rápido

O Brasil ultrapassou a marca de 1.000 mortes por coronavírus cerca de um mês e meio depois que o primeiro caso foi confirmado no país.

A ocorrência inicial foi observada em 26 de fevereiro: um paciente que retornou a São Paulo após viagem pela Itália, um dos países europeus mais afetados pela doença.

Apenas em 17 de março o Brasil registraria a primeira morte provocada pela covid-19. Era um homem de 62 anos, que morreu em São Paulo.

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Bolsonaro visita hospital de campanha

Na manhã de hoje (11), Bolsonaro ignorou mais uma vez as orientações de isolamento social e decidiu conhecer a recém-iniciada obra de um hospital de campanha em Águas Lindas, em Goiás —a cerca de 38 km de Brasília. O deslocamento da capital federal ao local da visita foi feito de helicóptero.

A presença do mandatário na cidade provocou aglomerações, cenário ideal para o alastramento do coronavírus, de acordo com as autoridades sanitárias. O comportamento de Bolsonaro foi criticado pelo ministro da saúde de seu próprio governo, Luiz Henrique Mandetta (DEM).

“Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Pessoas que fazem uma atitude dessas hoje daqui a pouco vão ser as mesmas que vão estar lamentando”, disse o ministro logo após Bolsonaro deixar Águas Lindas.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), também condenou a atitude do presidente. “Ele [Bolsonaro] que deverá explicar esta situação. Esta posição não foi a minha. Ele é o presidente, e eu sou o governador. A minha posição foi a que vocês acompanharam. Esta é a posição que manteremos até o dia 19.”

 


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