Após visitar Lula, petista diz que pode adaptar seu programa de governo para construir uma ‘aliança democrática’ contra Jair Bolsonaro no segundo turno
O candidato do PT à Presidência da República Fernando Haddad afirmou, nesta segunda-feira, 8, em entrevista concedida após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, que pretende selar um acordo com o pedetista Ciro Gomes para o segundo turno. Também fez acenos a Guilherme Boulos (PSOL) e chamou Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) de “candidatos que respeito”.
“Vi o programa do Ciro, temos muita convergência de ideias com o que precisa ser feito”, disse. O PDT já anunciou que não apoia Jair Bolsonaro, mas planeja fechar um “apoio crítico” a Haddad. O próprio Ciro já disse ter algumas ressalvas ao projeto de governo do petista. Para fazer um aceno, Haddad afirmou que pode adequar suas propostas. “Tenho total tranquilidade em ajustar parâmetros do programa para que ele seja o mais representativo dessa ampla aliança democrática que pretendemos fazer”, afirmou.
Ele também acenou ao PSB, partido com o qual o PT costurou um acordo no primeiro turno para disputas estaduais em Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba, mas sem fechar uma aliança formal.
“Vou conversar com as forças democráticas do país, representadas por algumas candidaturas como as de Ciro Gomes e Guilherme Boulos, mantendo ainda contato com governadores do PSB. Tenho interesse que essas forças estejam reunidas em torno desse projeto de restauração e inclusão social, como tratamos no primeiro turno com o PCdoB”, emendou. O PSB elegeu governadores em Pernambuco, Paraíba e Espírito Santo e disputa o segundo turno em São Paulo com Márcio França.VEJA