Blog do Jorge Amorim

Sem direito a férias, servidores de SP faltam e viajam a passeio

A gestão Doria ainda não completou um ano. Mas mesmo assim, servidores públicos se deram o direito de viajar como se estivessem de férias. O assessor direto do Bruno Covas, Gustavo Garcia Pires, que cuida da agenda do vice-prefeito, aparece em um clube de verão e em uma praia paradisíaca no litoral da Croácia. Foram 13 dias em que a folha de ponto da prefeitura registra cinco faltas injustificadas, quatro abonadas e os finais de semana.

Parte dos salários dos funcionários foi descontada. É o que acontece quando as faltas não têm justificativa. Já as chamadas faltas abonadas são um direito de qualquer servidor da prefeitura. Eles podem ter até duas por mês e dez no ano. E recebem por isso. Para conseguir fazer as viagens, eles juntaram faltas abonadas com injustificadas. Pra fazer isso, precisaram da autorização dos chefes. O próprio vice-prefeito curtiu fotos dos servidores fora do país.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sérgio Antiqueira, explica que na prática esse privilégio não se estende a professores municipais, agentes da CET ou enfermeiros de postos de saúde, por exemplo. Ele conta que na gestão Doria as queixas por assédio moral e a pressão para justificar as faltas aumentaram consideravelmente. Mesmo as faltas abonadas, que teoricamente são direito dos servidores, não são facilmente aprovadas.

Para a Prefeitura, as viagens são compensadas pelo fato de os servidores trabalharem “muitas vezes além das oito horas, em feriados e finais de semana”. E que por serem comissionados eles não têm outros benefícios como plano de carreira e aposentadoria. *CBN


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