RETROSPECTIVA 2017 – Na manhã de 4 de agosto, o Brasil acordou com o som de uma nota desafinada. Luiz Melodia tinha saído de cena na madrugada daquele dia triste, aos 66 anos, vítima de complicações decorrentes de câncer que atingiu a medula óssea do artista. O Brasil então se deu conta da grandeza deste cantor, compositor e músico carioca que desafiou a lógica racista de que negro nascido e/ou criado no morro tinha que cantar samba. Melodia cantou até samba nos 15 álbuns que lançou entre 1973 e 2014. Mas ligou o samba do bairro carioca do Estácio ao blues, passando também por choro, soul, rock e ritmos nordestinos, em ponte pós-tropicalista que desembocou numa das obras mais singulares da música brasileira.
A morte do Negro Gato entristeceu o Brasil, mas nenhuma abrupta saída de cena provocou maior comoção no país em 2017 do que a de Antonio Carlos Belchior, morto aos 70 anos em cidade do Sul do Brasil, em 30 de abril, em decorrência de rompimento da veia aorta. Um dos ícones da mesma geração pós-tropicalista de Luiz Melodia que ganhou projeção na década de 1970, o cantor e compositor cearense estava sumido há cerca de dez anos. Talvez por isso mesmo, a notícia da morte do artista tenha soado como canto torto que cortou, feito faca, a pele dos admiradores do compositor de A palo seco (1973) e de tantas outras músicas que expuseram as feridas e as frustrações de quem acreditou no sonho hippie e beatle dos anos 1960.
As mortes de Belchior e Luiz Melodia foram acordes dissonantes em ano marcado por grandes perdas na música brasileira. Eis, em ordem alfabética, alguns nomes que saíram de cena ao longo de 2017:
* Almir Guineto (cantor, compositor e músico carioca) – 5 de maio, aos 70 anos
* Athaulfo Alves Júnior (cantor e compositor carioca) – 15 de outubro, aos 74 anos *G1
* Barros de Alencar (cantor e compositor paraibano) – 5 de junho, aos 85 anos
* Célia (cantora paulista) – 29 de setembro, aos 70 anos
* Chico Evangelista (cantor, compositor e músico baiano) – 21 de fevereiro, aos 64 anos
* Chico Salles (cantor, compositor e cordelista paraibano) – 25 de novembro, aos 66 anos
* Chiquito Braga (violonista mineiro) – 22 de dezembro, aos 81 anos
* Darci Rossi (compositor mineiro) – 20 de janeiro, aos 69 anos
* Don KB (músico e DJ paulistano) – 4 de março, aos 47 anos
* Eliza Clívia (cantora paraibana) – 16 de junho, aos 37 anos
* Elson do Forrogode (cantor carioca) – 2 de novembro, aos 75 anos
* Gira (percussionista pernambucano) – 14 de junho
* Gu (percussionista carioca) – 26 de maio
* Helio Matheus (cantor e compositor carioca) – 9 de fevereiro, aos 76 anos
* Jerry Adriani (cantor paulista) – 23 de abril, aos 70 anos
* Jorginho do Pandeiro (músico carioca) – 6 de julho, aos 86 anos
* Karl Franz Hummel (guitarrista baiano) – 8 de junho
* Kid Vinil (cantor, compositor e radialista paulista) – 19 de maio, aos 62 anos
* Laudir de Oliveira (percussionista carioca) – 17 de setembro, aos 77 anos
* Loalwa Braz (cantora carioca) – 19 de janeiro, aos 63 anos
* Luiz Grande (cantor e compositor carioca) – 27 de julho, aos 71 anos
* Márcia Cabrita (atriz carioca do espetáculo musical Subversões) – 10 de novembro, aos 53 anos
* Márcio Proença (cantor e compositor fluminense) – 21 de maio, aos 73 anos
* Orlandivo (cantor, compositor e percussionista catarinense) – 8 de fevereiro, aos 79 anos
* Paulinho da Aba (compositor e percussionista carioca) – 26 de setembro, aos 72 anos
* Paulo Silvino (ator, cantor e compositor carioca) – 17 de agosto, aos 78 anos
* Sergio Roberto de Oliveira (compositor e produtor carioca de música clássica) – 19 de julho, aos 47 anos
* Sérgio Sá (cantor, compositor e músico cearense) – 3 de outubro, aos 64 anos
* Solange Badim (atriz carioca de musicais de teatro) – 29 de setembro, aos 53 anos
* Tibério Gaspar (compositor, violonista e produtor musical carioca) – 15 de fevereiro, aos 73 anos
* Wilson das Neves (cantor, compositor e baterista carioca) – 26 de agosto, aos 81 anos
* Zabé da Loca (tocadora pernambucana de pífano) – 5 de agosto, aos 93 anos
RETROSPECTIVA 2017 – Na manhã de 4 de agosto, o Brasil acordou com o som de uma nota desafinada. Luiz Melodia tinha saído de cena na madrugada daquele dia triste, aos 66 anos, vítima de complicações decorrentes de câncer que atingiu a medula óssea do artista. O Brasil então se deu conta da grandeza deste cantor, compositor e músico carioca que desafiou a lógica racista de que negro nascido e/ou criado no morro tinha que cantar samba. Melodia cantou até samba nos 15 álbuns que lançou entre 1973 e 2014. Mas ligou o samba do bairro carioca do Estácio ao blues, passando também por choro, soul, rock e ritmos nordestinos, em ponte pós-tropicalista que desembocou numa das obras mais singulares da música brasileira.
A morte do Negro Gato entristeceu o Brasil, mas nenhuma abrupta saída de cena provocou maior comoção no país em 2017 do que a de Antonio Carlos Belchior, morto aos 70 anos em cidade do Sul do Brasil, em 30 de abril, em decorrência de rompimento da veia aorta. Um dos ícones da mesma geração pós-tropicalista de Luiz Melodia que ganhou projeção na década de 1970, o cantor e compositor cearense estava sumido há cerca de dez anos. Talvez por isso mesmo, a notícia da morte do artista tenha soado como canto torto que cortou, feito faca, a pele dos admiradores do compositor de A palo seco (1973) e de tantas outras músicas que expuseram as feridas e as frustrações de quem acreditou no sonho hippie e beatle dos anos 1960.
As mortes de Belchior e Luiz Melodia foram acordes dissonantes em ano marcado por grandes perdas na música brasileira. Eis, em ordem alfabética, alguns nomes que saíram de cena ao longo de 2017:
* Almir Guineto (cantor, compositor e músico carioca) – 5 de maio, aos 70 anos
* Athaulfo Alves Júnior (cantor e compositor carioca) – 15 de outubro, aos 74 anos
* Barros de Alencar (cantor e compositor paraibano) – 5 de junho, aos 85 anos
* Célia (cantora paulista) – 29 de setembro, aos 70 anos
* Chico Evangelista (cantor, compositor e músico baiano) – 21 de fevereiro, aos 64 anos
* Chico Salles (cantor, compositor e cordelista paraibano) – 25 de novembro, aos 66 anos
* Chiquito Braga (violonista mineiro) – 22 de dezembro, aos 81 anos
* Darci Rossi (compositor mineiro) – 20 de janeiro, aos 69 anos
* Don KB (músico e DJ paulistano) – 4 de março, aos 47 anos
* Eliza Clívia (cantora paraibana) – 16 de junho, aos 37 anos
* Elson do Forrogode (cantor carioca) – 2 de novembro, aos 75 anos
* Gira (percussionista pernambucano) – 14 de junho
* Gu (percussionista carioca) – 26 de maio
* Helio Matheus (cantor e compositor carioca) – 9 de fevereiro, aos 76 anos
* Jerry Adriani (cantor paulista) – 23 de abril, aos 70 anos
* Jorginho do Pandeiro (músico carioca) – 6 de julho, aos 86 anos
* Karl Franz Hummel (guitarrista baiano) – 8 de junho
* Kid Vinil (cantor, compositor e radialista paulista) – 19 de maio, aos 62 anos
* Laudir de Oliveira (percussionista carioca) – 17 de setembro, aos 77 anos
* Loalwa Braz (cantora carioca) – 19 de janeiro, aos 63 anos
* Luiz Grande (cantor e compositor carioca) – 27 de julho, aos 71 anos
* Márcia Cabrita (atriz carioca do espetáculo musical Subversões) – 10 de novembro, aos 53 anos
* Márcio Proença (cantor e compositor fluminense) – 21 de maio, aos 73 anos
* Orlandivo (cantor, compositor e percussionista catarinense) – 8 de fevereiro, aos 79 anos
* Paulinho da Aba (compositor e percussionista carioca) – 26 de setembro, aos 72 anos
* Paulo Silvino (ator, cantor e compositor carioca) – 17 de agosto, aos 78 anos
* Sergio Roberto de Oliveira (compositor e produtor carioca de música clássica) – 19 de julho, aos 47 anos
* Sérgio Sá (cantor, compositor e músico cearense) – 3 de outubro, aos 64 anos
* Solange Badim (atriz carioca de musicais de teatro) – 29 de setembro, aos 53 anos
* Tibério Gaspar (compositor, violonista e produtor musical carioca) – 15 de fevereiro, aos 73 anos
* Wilson das Neves (cantor, compositor e baterista carioca) – 26 de agosto, aos 81 anos
* Zabé da Loca (tocadora pernambucana de pífano) – 5 de agosto, aos 93 anos