O Brasil enfrenta uma enorme crise moral, ética e social. De um lado, autoridades de todos os níveis, no legislativo, judiciário e executivo (federal, estadual e municipal), envolvidos em corrupções, desvios de dinheiro publico, etc. De outro, segundo IBGE, uma taxa de 13,6% de desempregados, 14.048 milhões de brasileiro(a)s, procuravam emprego entre fevereiro e abril de 2017.
Temos 20 milhões de pessoas em pobreza extrema, com fome, falta de renda e sem acesso mínimo a serviços que ofereçam qualidade de vida, saúde, moradia e educação e, 7 milhões de pessoas que passam fome, 3,4 milhões são crianças.
Dos alimentos produzidos no mundo 1/3 é jogado fora, 1,3 bilhão de toneladas de comida que poderiam diminuir a fome de 795 milhões de pessoas. Segundo a FAO a comida descartada consome água, ocupa hectares de terra além de jogar anualmente na atmosfera 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa etc.
Para além da gravidade dos desperdícios classificados como não intencional na cadeia de produção e distribuição, pelo manuseio incorreto, infraestrutura, transporte etc, diversas redes de supermercados e atacadistas descartam produtos que não foram vendidos (danificados e mesmo por prazo de vencimento expirado). Em época de tecnologia é inaceitável um supermercado deixar vencer o prazo de validade dos produtos para depois jogar no lixo.
Os gerentes e responsáveis por supermercados, redes atacadistas deveriam saber e executar programas simples de informática que registram e monitoram a entrada dos produtos incluindo varias informações necessárias além da quantidade, tipo, prazo de validade etc. Em tempo real, podem informar a quantidade de produtos e seus prazos de validade e assim definirem pelas promoções, reduções de preços e evitar o desperdício. Problemas de gestão: o excesso de centralismo nas decisões, gerentes e responsáveis com nenhuma autonomia para o monitoramento e decisões.
A cultura de indústrias que entendem que a redução dos valores indicados para a venda signifique a desvalorização de seus produtos, algumas indústrias até recolhem os produtos vencidos e os jogam no lixo, repondo-os ao vendedor final.
Será esta a convicção dos proprietários, gerentes e funcionários de redes de supermercados e atacadistas: Para o Hipermercado GBarbosa na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, Melhor Jogar Alimentos no Lixo do que Vender com Menor Valor ou Dar aos Pobres? Será esta a única solução