Blog do Jorge Amorim

Corinthians campeão; Título do melhor time quando a bola rolou

Com total justiça e merecimento, o Corinthians levou pela 28ª vez o título do Campeonato Paulista.

O que destaco como mais marcante no título, que veio com o empate contra a Ponte Preta (1 a 1), é que a atual conquista corintiana resgata a característica de o Corinthians vencer campeonatos mesmo quando conta com elenco considerado inferior aos seus principais rivais. Por tudo isso, apesar da final ser contra a Ponte Preta, o mesmo adversário da decisão de 1977, quando o time acabou com um jejum de 23 anos sem títulos, acho que a conquista do Campeonato Paulista de 2017 lembra mais a do Brasileiro de 1990, por exemplo, quando o time de Parque São Jorge levou o caneco com um elenco inferior – em nomes – aos adversários.

Por isso, voltando para a atual conquista do Corinthians, afirmo, sem nenhum medo de errar, que se o atual time corintiano usasse a camisa de outro time, não daria a volta olímpica no Estadual que acabou de terminar. Por exemplo, dificilmente em outro time, o esforçado Romero seria titular. Mas abraçado pela torcida, ele é um dos jogadores mais eficientes do time. Ajuda muito na marcação, faz gols, inclusive marcou na partida final, e ainda é o maior artilheiro da Arena do clube.

Outro exemplo jogador que dificilmente daria certo em outro clube, até pelo momento que vivia é o centroavante Jô. Fundamental na conquista do Paulista-2017, ele se recuperou no clube, em um momento que muitos diziam que sua carreira estava terminada. No Corinthians  ele reencontrou a forma e ganhou um destaque especial por marcar gols importantes em clássicos. Não sei também se em outro clube uma dupla de zaga formada por Pablo e Balbuena se transformaria em uma autentica barreira.

Globo Esporte

 

Destaque para o técnico Fábio Carille, que há muito tempo já trabalhava no clube, é foi aos poucos ganhando a confiança da torcida. O treinador conseguiu tirar o máximo de seu elenco, mesmo com os reforços recebidos no início da temporada, que tirando Jadson e Gabriel, estavam longe dos nomes sonhados por todos, e o baixo rendimento de alguns jogadores caros do elenco. O treinador também marcou um gol ao colocar os garotos Maycon e Arana na equipe titular. Eles entraram muito bem e, mesmo com a pouca idade, não tremeram.

 

O treinador armou uma equipe da forma que a torcida aprendeu a gostar nos últimos anos, que marca firme, toma poucos gols e muito eficiente quando chega ao ataque. Assim, foi elevando a moral dos jogadores e confiança da torcida com vitórias importantes, como triunfo contra o Palmeiras, quando jogou a etapa final com 10 homens e fez o gol no final, e a vitória contra o Santos. Se o time não tinha tanto poder ofensivo nas primeiras partidas, quando ganhou vários jogos por 1 a 0, Carille acertou o ataque nas últimas partidas – as mais importantes na campanha – e assim o Corinthians bateu o São Paulo (2 a 0), nas semifinais, e a Ponte Preta (3 a 0), jogando como visitante.

 

Quarta força ou não, o Corinthians mostrou que no futebol o que vale é quando a bola rola e levou o Paulista de 2018.


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