“Não vamos admitir que, diante de uma discussão que exige controle e seriedade, factóides e discussões informais em redes sociais sejam geradoras de problemas para a Administração, como uma cortina de fumaça feita para confundir a opinião pública e os milhares de servidores que não aderiram à greve”…
Um áudio de um gerente da Prefeitura Municipal, postado num grupo de whatsapp, ganhou repercussão externa e movimentou a campanha salarial dos servidores públicos municipais nesta segunda-feira (23). Gravado pelo chefe de fiscalização Augusto Filho, o áudio faz uma crítica contundente aos sindicatos e aos sindicalistas e tem sido o assunto mais comentado nas redes sociais: em todos os grupos e privadamente o assunto virou motivo de intenso debate. Sentindo-se ofendido, o Sinserv rodou o áudio no carro de som pelas ruas da cidade e pediu a cabeça do gerente.
Em seu áudio-discurso, Augusto afirma que forças petistas e ‘pessolistas’ estariam por trás de uma greve que, segundo ele, teria componente estritamente partidário. Provavelmente, não há viva alma sem receber o áudio com uma foto do autor, acompanhados ora de críticas, ora de concordância. “Eu respeito toda e qualquer instituição mas não respeito sindicato. … Deixou de ser sindicato dos ladrões para virar ladrões de sindicatos. … Não tem legitimidade nenhuma para reivindicar nada”.
Diário Conquistense
A polêmica em torno do assunto foi tamanho que a Prefeitura viu-se compelida a postar uma nota pública em seu facebook esclarecendo que os interlocutores da Prefeitura são, oficialmente, os membros da comissão de campanha salarial, composta pelos secretários de Administração, Gabinete Civil, Transparência, Finanças e Assessoria Especial. Neste momento, apenas os secretários de Comunicação e Transparência e Controle estão oficialmente designados para falar em nome do Governo Municipal.
“Não vamos admitir que, diante de uma discussão que exige controle e seriedade, factóides e discussões informais em redes sociais sejam geradoras de problemas para a Administração, como uma cortina de fumaça feita para confundir a opinião pública e os milhares de servidores que não aderiram à greve. Continuamos dialogando e fazemos um apelo aos sindicatos para que evitem cair em tais manobras escusas, trabalhando com positividade, pois vamos encontrar caminhos conjuntos de valorização do servidor, com foco na melhoria dos serviços prestados à população”, diz a nota.