Blog do Jorge Amorim

Professor Flávio Gomes orienta como sair do jogo da ‘Baleia Azul’

Existem jovens se passando como curadores tentando ajudar os candidatos a saírem do jogo. Temos centenas de pessoas fazendo o trabalho de anjos da guarda…

Professor Flávio Gomes

O adolescente que entrar no jogo da baleia azul pode sair quando quiser é só não ceder a pressão do administrador do grupo. Sem tendência ao suicídio tem que ser muito ingênuo para se suicidar por causa do jogo ou das ameaças do administrador do grupo da baleia azul.

O jogo da Baleia Azul começou em 2015 com uma notícia falsa na internet, sendo divulgado por um veículo estatal da Rússia: “Era um ‘fake news’, mas existe um efeito que, sendo verdadeira ou não, a notícia gera um contágio, principalmente entre os jovens. O jogo não existia, mas com a grande repercussão da notícia, pode ter passado a existir.”

O jogo baleia azul (blue whale) é um jogo sádico de sofrimento, mutilação, assistir filmes de terror na madrugada e na tarefa final, o suicídio. Foi criado na Rússia no ano passado, onde ocorreu pelo menos dois suicídios atrelados ao jogo, com mais de mais de 130 casos russos de suicídio estimados, atrelados ao jogo. No Brasil ocorreram dois suicídios em Minas Gerais na semana passada, com suspeita de relação com o jogo e cinco tentativas de suicídio no Paraná.

A dinâmica é muito simples: adolescentes são convocados para grupos fechados no Facebook e no WhatsApp para participar do jogo que normalmente também são adolescentes com perfis falsos nas redes sociais. Às 04:20 é o horário marcado para acontecer as mortes e a realização das tarefas diárias. Há grupos com mais de 1,9 mil membros. Há ameaças (blefe) para os que falharem nas tarefas ou desistirem do jogo: causar sofrimento à família ou ameaçar contar tudo o que sabe e ir atrás da pessoa. Nenhum administrador teve a coragem de ir atrás de algum membro do grupo, pois cometeria crime, inclusive o crime de ameaça, e poderia ser preso. O adolescente que for ameaçado deve juntar todas as informações sobre a pessoa que o ameaçou, fazer um print nas conversas e fazer uma denúncia na delegacia.

Existem jovens se passando como curadores tentando ajudar os candidatos a saírem do jogo. Tentando ouvi-los, dispostos a conversar para fazer estes adolescentes a abandonarem o desafio. Portanto, mesmo com pessoas mal intencionadas, temos outras centenas fazendo o trabalho de anjos da guarda.

O Blue Whale existe, está presente e precisa de monitoramento urgente de famílias e amigos.

Veja sinais de atitudes dos adolescentes que podem estar relacionadas com o jogo:
1. Mutilações na palma da mão
2. Ele assiste filmes de terror/psicodélicos com frequência.
3. Mutilações nos braços – cortes grandes com desenhos de baleia ou qualquer outro animal
4. Desenhos de baleia.
5. Posts em redes sociais com os dizeres “#i_am_whale” (“Eu sou uma Baleia”).
6. Sair de casa em horários estranhos – madrugada principalmente
7. Cortes nos lábios.
8. Furos nas mãos com agulhas
9. Arranjar brigas.
10. Evitar conversar durante muitas horas.


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