Representantes do Governo do Estado, da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), Ministério Público, prefeito municipal de Barra do Choça, vereadores, associação dos Irrigantes do município e demais comunidade, estiveram, nesta quinta-feira, 08 de fevereiro, reunidos no Auditório do Centro Educacional para uma discussão acerca da construção da Barragem do Rio Catolé, quarta barragem a ser construída em Barra do Choça.O evento que fora amplamente divulgado para acontecer às 15:00 horas, foi antecipado em uma hora e meia, fazendo com que muitos perdessem a apresentação do referido projeto, inclusive este Blog. O que vimos foi uma queda de braços, entre Governo e Embasa X Moradores e produtores de Barra do Choça. “É sempre assim, toda vez que falta água em Vitória da Conquista, o Governo através da EMBASA vem à Barra do Choça em buscas de áreas para construção de barragens. Foi assim com as outras três barragens (Água Fria I e II e Serra Preta) e agora o Catolé. A Embasa não teve a preocupação de recuperar as matas ciliares nas áreas destas barragens e nem desenvolveram nenhum projeto de educação ambiental no município. O projeto é lindo, mas no papel é uma falácia”, o desabafo é da professora Venozina Oliveira.A construção da Barragem do Catolé busca garantir disponibilidade hídrica para abastecimento de Vitória da Conquista, Belo Campo e Barra do Choça, no sudoeste do estado. Com investimento de R$ 182 milhões, o empreendimento será construído no município de Barra do Choça e ocupará uma área total de bacia hidrográfica de 761 quilômetros quadrados com espelho d’água de 160 hectares. Sua extensão será de 347 metros e altura máxima de 53 metros, possibilitando o armazenamento de 23,4 bilhões de litros, volume quatro vezes maior do que a capacidade de armazenamento de água da barragem de Água Fria II.De acordo produtor rural Jorge Coelho, o Governo e a Embasa estão juntos e os interesses de Barra do Choça não serão atendidos. Segundo ele, é necessário constituir o comitê da Bacia do Catulé mesmo que no futuro venhamos a perder algo, mas teremos segurança hídrica. Já o prefeito Adiodato Araújo, diz está otimista e acredita que a obra sairá do papel, se cada um fizer o seu papel. Destacou a plano de barramentos para as áreas rurais, o viveiro com cem mil mudas de árvores para serem doadas e um projeto de educação ambiental, como sugestão à Embasa.Ao longo do audiência, os técnicos da EMBASA e do INEMA revesavam entre si para apresentar os estudos ambientais, o projeto de engenharia e educação socioambiental da construção da referida barragem. O projeto da barragem do rio Catolé passou por três licitações que resultaram em desertas por falta de construtoras interessadas em realizá-lo.Após nova revisão para tornar-se mais atrativo no mercado da construção civil, o projeto foi submetido à Caixa Econômica Federal, em junho do ano passado, para que ela autorize a realização da obra e, assim, abrir outro processo de licitação visando a contratação de uma empresa executora.
Ficou claro e evidente que o município de Barra do Choça não aceita a forma como está sendo apresentada a proposta de construção da referida Barragem, isto ficou claro nas palavras da professora Venozina, do pedagogo Irineu Nogueira, de Walter Telles, do produtor Jorge Coelho, do presidente de associação José de Souza, da estudante Ananda Rocha e tantos outros que fizeram uso da palavra.A Associação dos Produtores Irrigantes de Barra do Choça tem apresentado grande insatisfação da forma truculenta como tem atuado o INEMA em Barra do Choça. Segundo as queixas de produtores, o órgão tem chegado nas propriedades com homens da Policia Militar fortemente armados. Até bomba dentro de caixa de papel, foi apreendida, a denúncia foi apresentada durante a audiência.A associação dos Irrigantes apresentou as seguintes propostas: *Criar o comitê da bacia do Rio Catolé; Medidor nas bombas; *Saneamento de 100% da Barra do Choça; *Critérios de novas construções em Vitória da Conquista; * Viveiro imediato para compensar a água fria I e II e *Construções de barramentos imediato pois a construção da barragem durará cerca de 33 meses.