Blog do Jorge Amorim

Contas do governo acumulam desde novembro rombo de R$ 94,15 bilhões, o pior de toda a série histórica.

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Depois de registrar superávit de R$ 40,81 bilhões em outubro, as contas do governo federal voltaram a ficar no vermelho em novembro e registraram déficit (despesas maiores do que receitas) de R$ 38,35 bilhões, informou nesta segunda-feira (26) a Secretaria do Tesouro Nacional.

O resultado é o pior para meses de novembro de toda a série histórica iniciada em 1997, ou seja, em 20 anos. Esse número não inclui as despesas com o pagamento de juros da dívida pública.

No acumulado de janeiro a novembro, o governo federal registrou déficit de R$ 94,15 bilhões, o pior de toda a série histórica para este período.

Revisão
O Tesouro informou, no relatório divulgado nesta segunda, uma revisão da meta fiscal para 2016, que passou para um déficit de R$ 167,7 bilhões. Como o rombo acumulado até novembro é de R$ 94,15 bilhões, isso significa que o governo estima registrar em dezembro um novo déficit de R$ 73,55 bilhões.

No relatório anterior e no relatório de receitas e despesas primárias do 5º bimestre, a estimativa do governo era de déficit de R$ 166,7 bilhões em todo o ano de 2016.

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, disse que a mudança na meta ocorreu após uma revisão extemporânea das receitas e despesas primárias. Segundo ela, o decreto com a revisão foi assinado nesta segunda pelo presidente Michel Temer e será publicado nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União.

A revisão estima uma queda de R$ 12 bilhões nas despesas obrigatórias em relação ao relatório do 5º bimestre e aumenta em R$ 6,4 bilhões as despesas discricionárias, onde estão incluídos gastos como o pagamento de parcelas atrasadas com organismos internacionais e tarifas bancárias.

Confirmado, o resultado de 2016 das contas públicas será o pior de toda a série histórica.

 

O forte aumento do rombo fiscal acontece por conta do fraco desempenho da arrecadação do governo com impostos, reflexo da crise econômica. Além disso, o governo tem elevado as despesas públicas em um orçamento com um alto grau de vinculações. G1

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