Fernanda assumir o relacionamento com outra mulher é importante e fortalece a representatividade LGBT
Não se falou de outra coisa nesta sexta-feira (30), além da declaração dada pela apresentadora Fernanda Gentil à coluna Gente Boa, do O Globo, assumindo que está namorando a jornalista Priscila Montandon. Ela dominou os Trending Topics do Twitter, e as reações foram diversas. Muitos fãs usaram as redes sociais para apoiar a saída de armário. Outros, se disseram cho-ca-dos. E muitos, mas muitos mesmo, vieram com essa conversinha de que “a vida é dela e ninguém tem nada com isso, isso não deveria ser notícia, não interessa a ninguém”.
Disso, eu discordo completamente. Parem de minimizar a importância da saída da Fernanda Gentil do armário. Dizer que isso não é assunto pra ser falado é ignorar a importância, para toda a comunidade GLBT, desse tipo de representatividade. Não sejamos hipócritas. Mulher com mulher ainda é tabu, causa arrepios na espinha da tradicional família brasileira, e quando uma mulher como Fernanda vem à público e revela seu namoro serve, sim, para dar suporte a outras tantas mulheres que desejam também esse direito de ser feliz. Ainda estamos em um ponto da evolução social que, sim, isso é notícia, tem de ser, e ainda bem que é.
Sair do armário não é fácil pra ninguém. Quem acompanha a militância, quem tem amigos gays, quem vê as Mães pela Diversidade brigando e lutando pelo direito ao respeito a seus filhos, sabe muito bem como a coisa funciona. Especialmente nesses tempos sombrios, em que há um retrocesso absurdo em curso, em que as vozes das trevas parecem ter mais vez, é um alento ver uma mulher como Fernanda assumir seu amor homossexual publicamente. R7
Adorei a atitude dela. E gostei ainda mais das palavras que disse. “Estou só exercendo meu direito de ser muito, muito feliz. Tenho apenas um recado, e é para os meus filhos, que mais cedo ou mais tarde podem ler ou ouvir tudo por aí: Lembrem de não se importarem com tudo o que dizem sobre nossa vida _ o que vale é que a mamãe fala com vocês em casa, olhando nos seus olhos. Não é o que vestimos que muda quem somos, e sim o que fazemos. Lembrem também, sempre, do nosso amor, que não tem cor, sexo ou raça. Amo vocês.”
É isso, aí, Fernandinha. Vai ser feliz!
