“Eu e meu técnico batalhamos muito. O ano tem sido muito bom para a gente. Até hoje, achava que a torcida não podia fazer tanta diferença, mas, depois do que passei aqui, percebi que fez toda a diferença”, comemorou, em entrevista à TV Globo, pouco depois de descer do pódio olímpico.
O Brasil não conquistava uma medalha no Tiro Esportivo desde os Jogos de Antuérpia, em 1920, quando Guilherme Paraense deu ao país sua primeira conquista olímpica, considerando todas as modalidades. Ainda na Bélgica, o Brasil foi ao pódio outras duas vezes – com Afrânio da Costa e a equipe de pistola livre.
“É uma honra. Todo mundo me falava dessa medalha em 1920. Fico muito feliz que consegui realizar esse sonho. Espero que a pessoas se interessem mais pelo tiro e mais pessoas possam representar o país”, disse Wu.
Empurrado por uma barulhenta torcida em Deodoro, Wu admitiu que foi motivado pelos gritos. “Dá para ouvir e muito. Em alguns momentos distrai, mas a maior parte do tempo dá uma energia muito boa. Quando eu estava de cabeça baixa, dava uma animada. Até hoje de manhã eu sempre falava que a torcida não fazia diferença. Mas vi que faz sim. Senti uma energia muito boa”, contou o primeiro medalhista do Brasil nesta Olimpíada. iG