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BLOG DO JORGE AMORIM NA COBERTURA DO FIB 2016. Tempestade e calmaria marcam a cena musical da primeira noite do Festival de Inverno Bahia

Por José Amorim – DRT-BA 2431

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Os grandes festivais nacionais de pop rock já não são mais tão comuns como já foram em outras épocas nas quais prevaleciam estes gêneros musicais no gosto do imaginário popular brasileiro. Por isso mesmo, o Festival de Inverno Bahia (FIB), edição 2016, torna-se um dos raros eventos nacionais que agregam a fina-flor da música que vem marcando a vida de gerações inteiras de fãs.

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Em sua primeira noite o Festival de Inferno 2016, nesta sexta-feira (26), contou com a participação muito mais que especial de Djavan, entoando clássicos românticos que acompanham a cena musical brasileira desde os anos 70, Lulu Santos e a sua explosão de energia e Nando Reis com o seu contagiante envolvimento com o público. Não faltaram energia e vibração para enfrentar a sensação térmica de 10º C em Vitória da Conquista, além da fina e insistente garoa que teimava em cair. O tempo, apesar de tudo, compunha o cenário perfeito para o festival.

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Festival de Inverno (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)

No início da noite fria, um navio desembarcou no parque de exposições Teopompo de Almeida para abrir o FIB 2016. Me refiro ao cantor cujo nome sua mãe lhe dera após sonhar com um navio no qual estava escrito Djavan. Este ícone da música popular brasileira, de 67 anos, esbanjou energia e, ao mesmo tempo, poesia em canções clássicas como “Nem um livro”, “Lilás”, “Pétala”, “Açaí”, “Fato Consumado” e muitos outros hits. Quem é fã da música popular brasileira não teve como não se emocionar com a melodia, o lirismo e a poesia de Djavan. Mas um fato chamou a minha atenção: muitos jovens assistiam ao show e cantavam as canções deste nordestino das Alagoas. Um exemplo de que as novas gerações estão aprendendo a ouvir os grandes mestres da música brasileira, apesar do crescimento dos outros gêneros musicais.

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Em seguida os mares tranquilos do Festival de Inverno são sacudidos com o furacão de nome Lulu Santos. Com um show cheio de energia, empolgação e marcado por grandes sucessos, levantou o público da pista e dos camarotes, com clássicos como “Assim Caminha a Humanidade”, “Sábado” e “Toda forma de Amor”. O mais interessante é que, no meio do público, não sentíamos frio, ao contrário, uma onda de energia parecia percorrer a multidão que pulava ao som deste grande artista brasileiro. Não é exagero dizer que Lulu Santos fez o frio sumir e a neblina evaporar ao som de canções que misturavam ritmos e batidas diferentes.

lulu-2Festival de Inverno (Foto: Laércio Lacerda)

O artista emendava um sucesso atrás do outro, incluindo em alguns momentos uma pitada de nordeste, outra do suingue carioca. Ele é um exemplo vivo de quem surgiu e se mantém na cena do pop rock brasileiro. O sucesso no Festival de Inverno revela isso. Polêmico, irreverente, sim, mas talentoso, um showman. Isso é indiscutível.DSC_0040

Depois da tempestade, a calmaria. De acordo como site Gshow, Nando Reis assume o palco no último show da primeira noite do Festival de Inverno. De volta ao Palco Principal do FIB, o cantor traz aos milhares de fãs seus grandes sucessos como quem traz de volta histórias pessoais feitas para serem cantadas. O cantor e compositor convidou o público para cantar junto o repertório baseado no seu show SEI, acompanhado da sua banda, “Os Infernais”.

Festival de Inverno (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)
Festival de Inverno (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)

Festival de Inverno (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)A apresentação colocou sob os holofotes os sucessos do álbum homônimo, como “O Que Eu Só Vejo Em Você”, “Declaração de Amor”, a faixa título “Sei”, além de grandes hits da carreira como “Os Cegos do Castelo” e “Sou Dela”, músicas capazes de esquentar as veias da plateia, fazendo todo mundo dançar. E, claro, vai entrar para o rol dos momentos antológicos do festival a incrível execução da música “De Janeiro a Janeiro”, de Roberta Torres, cantada à capela por milhares de vozes, embalada por um Nando Reis cada vez mais maduro como artista mas, ainda assim, criativo e inquieto como nunca. Ninguém vai esquecer.IMG-20160827-WA0039 (1)

Blogueiro Jorge e o jornalista José Amorim na Abertura do Festival de Inverno 2016.

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