Blog do Jorge Amorim

Adolescente que aguarda cirurgia em intestino ainda não fez procedimento

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A adolescente de 13 anos, moradora de Juazeiro, no norte da Bahia, que tem duas perfurações no intestino e aguarda há mais de três meses por uma cirurgia para reconstruir o órgão, ainda não conseguiu fazer o procedimento. Em 16 de agosto, o superintendente de Atenção Especializada de Juazeiro, Mário Machado, havia dito que a estudante Ana Luísa dos Santos seria operada na última terça (23), mas a cirurgia não aconteceu.

Emocionada, a adolescente diz que não aguenta mais esperar. “Eu estava tão alegre quando soube [que iria fazer o procedimento]. Eu já estou perdendo as esperanças, porque dói demais”, desabafa a menina.

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A empregada doméstica Cláudia dos Santos, mãe de Ana Luísa, diz que entrou em contato com a Secretaria de Saúde. “A única resposta que me deram foi que [a cirurgia] será realizada na semana que vem. Será que eu vou ficar esse tempo todo esperando por essa cirurgia da minha filha? Até quando vou poder esperar?”, questiona.

Através de nota, a Secretaria de Saúde de Juazeiro informou que a autorização para a internação de Ana Luísa no Hospital Regional já foi dada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entretanto afirmou que as cirurgias pediátricas do hospital só serão retomas na próxima terça-feira (30). G1 Bahia

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Caso
O problema de Ana Luísa começou em fevereiro, quando teve apendicite. Ela passou por uma cirugria e durante o procedimento descobriu que estava com duas perfurações no intestino, e que precisaria de cirurgia para reconstruir o órgão. O problema é que, na cidade, o único local que faz o procedimento é o Hospital Regional, que teve essas cirurgias suspensas.

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A mãe de Ana contou que ficou assustada com o que o médico falou. “O médico disse que ela ia ficar dois meses com o intestino de fora, que eu procurasse a Secretaria de Saúde ou então o hospital, para poder dar entrada para ela fazer a reconstituição do intestino”, afirma.

Cláudia procurou a Secretaria de Saúde de Juazeiro e foi informada de que o Hospital Regional, local onde o procedimento seria feito, tinha suspendido a realização de cirurgias. Como não conseguiu resolver o problema da filha através da Secretaria de Saúde, no último mês de junho ela procurou a Defensoria Pública e entrou com uma ação na Justiça. O processo está em andamento, e Cláudia diz que a espera tem a deixado ainda mais preocupada com a saúde da filha. “Meu maior medo é ela pegar uma infecção”, diz.

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Por causa do problema, Ana Luísa usa uma bolsa de colostomia, que serve pra coletar resíduos que vêm do intestino.

Desde que descobriu as perfurações no intestino, Ana parou de ir à escola e passa o dia em casa. “Me incomoda muito, porque não posso fazer o que fazia antes, não posso vestir as roupas que eu gostaria de vestir, tem que vestir sempre roupa folgada, sai sangue, às vezes eu choro”, conta a estudante, que diz sentir falta da vida que leva a antes da doença. “Quero ficar logo boa, para voltar a ser a Luísa de antes”


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