Através de um comunicado, a polícia disse que dos seis feridos, três estão em “estado crítico” e dois estão passando por cirurgia. Inicialmente, quatro policiais foram mortos por um ou mais “snipers”. Um morreu no hospital horas depois. Segundo o chefe de polícia local, David Brown, três suspeitos foram detidos, entre eles uma mulher. Ele também exibiu uma foto de um homem com uma camisa camuflada carregando um fuzil. Um quarto suspeito foi cercado em um estacionamento em Dallas, de onde gritou que espalhou bombas na cidade, disse a polícia. Segundo a CNN, esse suspeito está morto. Após ele mencionar os explosivos espalhados pela cidade, o aeroporto de Dallas entrou em estado de alerta e voos que chegariam à cidade foram desviados.
Brown disse ainda que não tinha a certeza se há mais pessoas envolvidas além dos três presos e do homem que tinha ficado entrincheirado. O presidente americano, Barack Obama, fez um pronunciamento nesta manhã. “Estamos horrorizados com as mortes em Dallas. Não justificativa para os ataques”, declarou, segundo a CNN. Cerca de cem oficiais estão no centro de Dallas.
De acordo com a polícia, os “snipers” usaram posições elevadas, como prédios, para disparar contra os agentes com rifles ou fuzis. Testemunhas informaram que ocorreram dezenas de disparos. Vídeos na Internet mostram quando os tiros começaram, provocando pânico entre os manifestantes. Centenas de pessoas participaram da manifestação em Dallas, que terminou momentos antes do início do tiroteio, às 21h local (23h em Brasília), segundo a imprensa da cidade.
O protesto em Dallas foi uma das muitas manifestações nos EUA após a morte de dois afro-americanos em operações policiais, na Louisiana e em Minnesota esta semana. Philando Castile, de 32 anos, funcionário de um refeitório escolar, morreu na noite de quarta (6), após uma blitz na cidade de Falcon Heights, no estado de Minnesota. Já Sterling foi baleado à queima-roupa por policiais que o dominaram no chão em Baton Rouge, Louisiana. Os últimos momentos de vida de Philando Castile foram gravados em um vídeo visto por dois milhões de pessoas nesta quinta.
O presidente Barack Obama defendeu a reforma da polícia americana e reabriu o debate sobre o abuso da força policial nos EUA. “Essa não é apenas uma questão negra. Não é apenas uma questão hispânica. É questão americana, com a qual todos nós deveríamos nos importar. Cabe a todos nós dizer que podemos fazer melhor do que isso. Somos melhores do que isso”, afirmou. G1