Os professores da rede estadual de ensino da Bahia, Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira, eram queridos na cidade de Santa Luz, a 260 quilômetros de Salvador. Na última sexta-feira (10), eles foram mortos às margens da rodovia BA-120. Os corpos deles foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro de Edivaldo. O corpo do professor Edivaldo foi reconhecido pela arcada dentária e o de Jeovan ainda passará por exames de DNA, mas a família disse que é ele.
O delegado João Farias, que apura o caso, disse à BBC Brasil que a homofobia é uma das possíveis motivações do crime. A casa de Edivaldo foi encontrada revirada após o crime, mas objetos de valor, como computador, não foram levados.”Eles eram muito amigos e muito queridos na cidade. Também não teriam inimigos. Já ouvimos várias pessoas e por enquanto não descartamos nenhuma hipótese”, disse o delegado.
Amigos das vítimas relatam que eles eram extremamente ligados. “Quando Nino comprou o carro, o que foi usado no crime, Jeovan quem o ensinou a dirigir”, contou uma amiga dos professores. Edivaldo tinha 31 anos e era conhecido como Nino. Formado pela Universidade do Estado da Bahia, ele era diretor da Escola Municipal Pedro Juvelino, em Limeira, zona rural de Santa Luz. Ele ensinava Química e Biologia no Colégio Estadual José Leitão, também em Santa Luz. Jeovan, que também era formado pela Uneb, era professor de Física no Colégio Ação e vice- diretor no Colégio Estadual José Leitão, o mesmo em que Nino lecionava.
Ninguém foi preso até o momento. Dois adolescentes chegaram a ser ouvidos pela polícia, mas foram liberados. Ontem, moradores da cidade fizeram manifestação pedindo agilidade nas investigações e mais segurança. Blog do Rodrigo Ferraz