Blog do Jorge Amorim

Gari gata’ Rita Mattos fala de preconceito no Dia do Gari: ‘Acham que estou sempre fedendo’

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Rita Mattos com seu uniforme de trabalho Foto: Reprodução/ Facebook

 

Hoje, 16 de maio, é Dia do Gari, e o EXTRA conversou com uma das representantes mais famosas dessa profissão: Ritta Mattos, a Gari Gata. Capa da “Playboy” de julho do ano passado, após ficar nacionalmente conhecida por conta da beleza, a carioca de Realengo, na Zona Oeste, criticou o mau hábito da população carioca em jogar lixo nas ruas. Ela também cobrou “mais educação” das pessoas.

“Tenho orgulho em ser gari, acho um trabalho muito digno, mas, por outro lado, é triste ver que existe tanta gente com falta de educação. O povo prefere jogar o lixo nas ruas do que nas lixeiras espalhadas pela cidade. E isso acaba prejudicando não só o nosso trabalho, mas também a própria população, que sofre com as enchentes em bueiros quando chove, devido ao lixo que é despejado nas ruas”, critica.

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Rita também reivindica um melhor salário para a categoria e relata situações de constrangimento que ela e seus colegas de trabalho passam diariamente. “O povo tem muito preconceito com nós, garis. Já houve situações em que eu pedi um copo de água na rua e não quiseram que eu devolvesse o copo, com nojo de mim. É triste, mas acontece, e eu tiro de letra.

É comum também as pessoas nos olharem no ônibus com cara de nojo, acharem que a gente está fedendo, pelo simples fato de trabalharmos com lixo. Mas eu só ando cheirosinha”, relata ela, que não vê problema no uniforme usado para trabalhar. “É ótimo que nos impede de ter contato direto com o lixo”.

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Alçada à fama há um ano, Rita revela que mesmo com o ensaio nu não conseguiu mudar o seu padrão de vida. Ela ainda vive com os pais numa casa de um quarto em Realengo, e recolhe lixo em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Mais sarada, recentemente, ela tirou o segundo lugar num concurso de fisiculturismo e investe para lançar uma marca de roupas fitness. E como anda o assédio nas ruas, Rita? “O assédio sempre existiu e nunca me incomodou. Agora, mais conhecida, aumentou. Mas sempre de forma muito respeitosa. Disso, não tenho do que reclamar”.

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