Blog do Jorge Amorim

Cerveró cita Fernando Henrique Cardoso, Lula e Collor em delação premiada

Ex-diretor falou como funcionava acerto de propina e relata a troca de favores

O depoimento do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, associou os nomes de Lula, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor, três ex-presidentes do país, a Lava Jato durante seu depoimento de delação premiada. Cerveró detalhou como funcionava a definição de propina e citou troca de favores para se manter no cargo na estatal.

O depoimento do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, associou os nomes de Lula, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor, três ex-presidentes do país, a Lava Jato durante seu depoimento de delação premiada. Cerveró detalhou como funcionava a definição de propina e citou troca de favores para se manter no cargo na estatal.

Após deixar a diretoria internacional da Petrobras em 2008, Cerveró assumiu cargo na BR Distribuidora e falou sobre reuniões que definiam o destino de propina arrecada na subsidiária da estatal.  Um dos encontros para fazer o “acerto geral” teria acontecido em 2010. Entre os políticos beneficiados, estão deputados da bancada do PT na Câmara, além dos Senadores Delcídio do Amaral, suspenso do PT, e Renan Calheiros (PMDB). O peemedebista teria chegado a ameaçar retirar o apoio do partido que mantinha Cerveró no cargo por falta de repasses.

O ex-diretor disse ainda que o cargo na BR distribuidora foi uma recompensa do ex-presidente Lula por uma ajuda na contratação da empresa Schahin para operar um navio sonda. A contratação da empresa, segundo Cerveró, tinha o objetivo de quitar um empréstimo do PT com um banco do mesmo grupo. A investigação deste empréstimo pela Lava Jato levou a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amido de Lula.

Cerveró afirmou ainda que o senador Fernando Collor (PTB-AL) tinha muita influência na BR distribuidora, concedida por Lula. Na delação, ele detalhou que Collor teria pedido durante uma reunião que fosse comprado uma grande quantidade de álcool de usinas de Alagoas.

Ainda de acordo com o delator, a compra de uma companhia do setor de petróleo e energia gerou U$$ 100 milhões de propina no governo FHC, mas não disse quem pagou a propina e quem, no governo, teria recebido.

O ex-presidente Fennando Henrique Cardoso disse que afirmações vagas, sem especificar envolvidos, só servem para confundir. O Instituto Lula não comenta o que considera vazamentos ilegais e seletivos de delações sem provas.Varela Notícias

PUBLI.01


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