O cantor Pablo, conhecido como “rei da sofrência” por sua música de dor-de-cotovelo, se tornou alvo de um processo de plágio movido pelo compositor nordestino Angelo Marinho de Almeida. Ele alega ser o autor da música Mãe, gravada por Pablo quando fazia parte do grupo baiano Arrocha, há mais de dez anos, e interpretada pelo cantor durante o programa do Rodrigo Faro, na Record, em maio deste ano. Após a apresentação, Faro afirmou que a canção era de autoria de Pablo, que no momento não negou a informação e ainda afirmou que era uma letra que o emocionava e, portanto, era difícil de cantar.
“Meu cliente ficou feliz quando soube que Pablo estava cantando a música dele na TV até descobrir que não ganhou nenhum crédito”, conta Mônica Zilinskas, advogada de Almeida. “Em momento algum Pablo disse que a canção não era dele. O caso foi premeditado, pois as irmãs do cantor estavam no programa e participaram da gravação em um especial de dia das mães.”
Segundo Mônica, Angelo Marinho de Almeida fez a música em 1995 e reuniu provas no processo, com a fita original da canção e os discos em que a faixa foi relançada. O CD do grupo Arrocha com Mãe, que também não teria créditos para Angelo, seria de 2003, de acordo com Mônica. A advogada diz ainda que seu cliente não recebe os royalties devidos pela música via Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), o que será igualmente questionado pelo processo. No futuro, Angelo pode mover uma ação também contra o grupo Arrocha.
Por ora, o compositor pede 2 milhões de reais de indenização por violação de direitos autorais em uma ação movida ao mesmo tempo contra Pablo, Faro e a Record. Segundo a advogada, 1 milhão de reais é o valor pedido o cantor, e o restante seria pago pelo apresentador e pela emissora. “Eles são parte do processo, pois deveriam ter a cautela de pesquisar a autoria da canção antes”, diz a advogada, sobre o envolvimento de Faro e da Record. (Fonte: Veja)
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