Cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família vão receber um conversor de TV digital com grande capacidade de interatividade. O equipamento foi apresentado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como consenso após uma série de discussões entre governo, empresas públicas e privadas de radiodifusão e grupos de telecomunicações.
O Grupo de Implantação da Digitalização da TV (Gired), liderado pela Anatel, decidiu na última sexta-feira (15), depois de uma reunião que durou cerca de oito horas, na sede da agência, em Brasília, que o conversor terá interatividade pelo padrão Ginga C, 512 kilobytes (Kb) de memória e 2 Gigabytes (Gb) de memória flash. Isso significa um aparelho que vai atender plenamente às necessidades das famílias. De acordo com Barbosa, com o conversor acoplado à televisão, o beneficiário poderá fazer consultas sobre vagas de emprego, capacitação profissional, serviços públicos nas áreas de saúde, educação, segurança e transporte, além de serviços bancários, cursos técnicos e de educação financeira. “Esta é a mudança na sua televisão. Não é só ver o programa preferido, o jogo de futebol, o noticiário. Mais do que isso, é ter informações que você precisa, que estão à sua disposição e que antes só estavam na internet e, agora, passam a estar na tela da televisão”, disse.
Embora ainda não tenha sido anunciado o custo de cada conversor, Barbosa acredita que ele deve ficar em torno de R$ 130, incluindo a antena. Uma licitação será feita para a aquisição das “caixinhas”, que começarão a ser instaladas no próximo ano, gratuitamente, nas casas dos beneficiários do Bolsa Família residentes das capitais e, até 2018, em todo o país, informou. Para o superintendente da EBC, alguns detalhes no equipamento poderiam ser melhorados, por exemplo, uma capacidade maior de memória. Apesar disso, Barbosa garantiu que o modelo escolhido atenderá às necessidades iniciais de cada família. O superintendente destacou que o Brasil implementará um projeto novo no mundo e espera que ele possa ser levado a outras regiões que também tenham residências sem internet, como outros países da América Latina e da África. Fonte: Agencia Brasil
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