“Houve vários pedidos para que o piloto voltasse a entrar na cabine de comando. Ele se identificou e começou a bater na porta para entrar”, destacou o procurador. Conforme via a situação piorando, as batidas foram ficando mais fortes e que parece que o comandante quis derrubar a entrada. Robin falou que, até o momento, tudo leva a crer que o alemão tenha ativado “deliberadamente” os comandos de descida do voo.
Segundo ele, a respiração dele foi ouvida até o fim da gravação, o que mostra que ele estava vivo e consciente do que estava fazendo.
O procurador destacou que a Torre de Controle de Marselha emitiu diversos comunicados para a aeronave e não recebeu nenhuma resposta do copiloto. Ele disse que é possível ouvir os sensores do avião avisando que estava próximo demais do solo e que Lubitz não fazia nada além de acelerar o voo para baixo.
“A interpretação mais lógica do momento é de que o copiloto, de forma deliberada, recusou-se a abrir a porta para o comandante e usou o comando que controla a altitude para atingir a montanha”, destacou.
O procurador disse que não sabe o perfil do copiloto, sua religião e que não quer falar sobre uma hipótese de suicídio ou atentado – e só vai se ater aos dados do momento. A queda do voo, que ia de Barcelona a Dusseldorf, matou 150 pessoas.
Os gritos dos passageiros foram ouvidos apenas no fim da gravação e, segundo a Procuradoria, a morte de todos foi instantânea. O impacto da aeronave na montanha foi acima de 700km/h. Agência ANSIA