A saída de Bell Marques do Chiclete com Banana acabou revelando diversos problemas enfrentados pela banda. Um deles são oito processos trabalhistas e tributários que tramitam no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) e somam R$ 3 milhões.
Notícias veiculadas após o anúncio de Bell, no entanto, especularam que a dívida pode chegar a R$ 30 milhões, envolvendo tanto causas trabalhistas quanto tributárias. A TARDE contatou, inicialmente, por telefone, o escritório da banda, mas os músicos não estavam no local para comentar o assunto. Em seguida, a equipe de reportagem procurou a assessoria de imprensa do grupo, via celular e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
A TARDE teve acesso aos processos contra o Chiclete por meio do site do TJ-BA. O de valor mais alto (R$ 2,2 milhões), movido em 2011, está relacionado a dívidas trabalhistas. Na consulta ao site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), foi constatado que o nome Chiclete com Banana passou por uma série de disputas de autoria. Pelo menos cinco empresas já brigaram para ficar com a marca da banda. FONTE: A Tarde
Abadá superfaturado
A saída de Bell do grupo de axé impulsionou as vendas de abadás do bloco Camaleão para o Carnaval de 2014. De acordo com a própria associação carnavalesca, por conta da alta procura, a venda foi suspensa ainda na última terça-feira, quando o vocalista anunciou a saída.
O segundo lote começou a ser comercializado, com preços mais altos, na manhã de ontem e esgotou-se pouco mais de cinco horas depois.
O custo para desfilar no Camaleão, antes do anúncio de Bell, era de R$ 2.900 pelos três dias de folia. O segundo lote foi vendido por cerca de
R$ 5.220 (três dias para curtir o Carnaval no bloco).
Revolta
Chicleteiros se indignaram com o aumento e classificaram os responsáveis de “mercenários e oportunistas”.
“O bloco está enchendo o bolso de dinheiro com o preço dos abadás e simulando que os lotes estão esgotados”, criticou o consultor de vendas Clodomi Oliveira.
“Só pelo desrespeito, nem se eu pudesse comprar, compraria. É falta de respeito com o folião”, disse a estudante Thaís Menezes.
A TARDE procurou os responsáveis pelo Camaleão, mas não obteve resposta