Blog do Jorge Amorim

BRASIL: Corpo de Niemeyer é enterrado no Rio

O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi enterrado às 17h59 desta sexta-feira (7), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, sob aplausos e ao ritmo de samba. Integrantes da Banda de Ipanema tocaram “Carinhoso” durante o cortejo. O arquiteto morreu às 21h55 de quarta-feira (5), aos 104 anos, em decorrência de uma infecção respiratória, no Hospital Samaritano, no mesmo bairro. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15, e estava internado havia pouco mais de um mês.

O caixão com o corpo de Niemeyer chegou ao cemitério São João Batista no fim da tarde desta sexta-feira (7) (Foto: Marcelo Ahmed/ G1)

 O corpo foi levado pela Guarda de Honra da Guarda Municipal, com aparato da Polícia Militar que fez um cordão de isolamento para que não houvesse aproximação das pessoas ao caixão. Durante o enterro, algumas pessoas fizeram saudação ao fato de Niemeyer ter sido comunista. Depois que a sepultura foi fechada, a Banda de Ipanema tocou “Cidade Maravilhosa” e “Aquarela Brasileira”.

Carlos Niemeyer, neto do arquiteto, falou do jeito simples de Oscar Niemeyer ao agradecer as manifestações de carinho recebidas tanto de autoridades como de anônimos. “A vida toda ele foi bom com as pessoas, foi generoso, se preocupava com as diferenças sociais. Ele atendia todo mundo”, afirmou. “Uma pessoa chegou hoje ao velório e aí disseram: ‘mas quem é essa pessoa?’. Eu disse: ‘o Oscar gostaria de atender do mendigo ao presidente da república. Então se essa pessoa quiser vir fazer essa última homenagem, ele vai gostar é disso. Isso é o que justifica a quantidade de gente homenageando o meu avô”, completou.

7 de dezembro - Pessoas chegaram cedo para o velório de Niemeyer no Rio de Janeiro (Foto: Luiz Roberto Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O velório aberto do arquiteto no Rio começou às 8h30 desta sexta, no Palácio da Cidade, também em Botafogo. A viúva Vera, o sobrinho Paulo, e o neto Carlos Oscar Niemeyer foram os primeiros a chegar. Pouco antes de os portões serem abertos, o governador Sérgio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes entraram para uma breve cerimônia ao lado de familiares. Em seguida, centenas de pessoas começaram a entrar. O caixão, coberto com uma bandeira do Brasil, ficou fechado e o rosto do arquiteto podia ser visto através de um vidro.

Fonte: globo.com


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