O mundo comemorou neste domingo dia 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. A data comemorativa foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999. Preocupada com os dados referentes ao assunto, a deputada estadual Graça Pimenta (PR) busca chamar a atenção da sociedade sobre os números de violência contra o público feminino.
“A situação das mulheres na sociedade, principalmente por conta dos índices de violência registrados ao longo dos anos, tem me preocupado bastante. Tanto que me pronunciei na tribuna da Assembleia Legislativa esta semana sobre o assunto e citei a data comemorativa em questão. É lamentável vermos a realidade a qual as mulheres estão expostas. É necessário fazer o assunto estar sempre em pauta para que possamos discuti-lo com mais profundidade. Dessa forma, poderemos enxergar no futuro uma sociedade mais justa para as mulheres e todos os cidadãos. Lembrando que desde 2006 elas dispõem de um mecanismo de defesa para denunciar a violência no ambiente doméstico”, declara a parlamentar.
Graça Pimenta considera os dados registrados de violência contra as mulheres na Bahia entristecedores. Este ano, até o mês de outubro, a Bahia já registrou 4.278 casos de violência doméstica e sexual contra mulheres. Salvador lidera o ranking com 1.844 registros. Os municípios do interior com maior quantidade de notificações dos crimes citados foram Feira de Santana (503), Vitória da Conquista (245) e Barreiras (224). As cidades do sul baiano que tiveram registros foram Mascote, Arataca, Ibicaraí, Gongogi, Buerarema, Ilhéus, Gandu, Itabuna, Pau Brasil, Iguaí e Santa Luzia.
O Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher homenageia três irmãs ativistas políticas latino-americanas (Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal) que foram assassinadas em 1961 pela ditadura de Leonidas Trujillo (1930-1961), na República Dominicana. Em 7 de agosto de 2006 foi criada, no Brasil, a Lei Maria da Penha (nº 11.340) com o objetivo de criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.