A comissão de Reforma Politica do Senado aprovou o fim da
reeleição para o Executivo, mas manteve o voto obrigatório.
A Comissão da Reforma Política do Senado Federal decidiu, nesta quinta-feira (17), propor a manutenção do instituto do voto obrigatório e o fim da reeleição, com mandato de cinco anos para os executivos municipais, estaduais e federais. As novas propostas se somam às definidas na última terça-feira (15), quando os membros da comissão manifestaram-se a favor de mudanças na suplência de senador e na data da posse dos chefes do Executivo.
A idéia defendida inicialmente apenas pelo senador Wellington de unificação de todos os mandatos em cinco anos teve a adesão de outros senadores, como Aécio Neves, Collor de Melo e Itamar Franco. “Se o presidente da República tem um mandato de cinco anos porque um senador também não pode ter? Vereador, prefeito, deputados, todos passariam a ter apenas um mandato de cinco anos, sem direito a reeleição. E todas as eleições realizadas em um único ano”, observa.
O fim da reeleição, segundo ele, traz benefícios para o povo brasileiro. “O fim da reeleição tira regras eleitorais que atrapalham a vida do povo, como aquelas que proíbem a realização de convênios ou o início de obras, por exemplo. A coincidência do mandato também é boa para o povo porque acaba com eleições a cada dois anos”, explica o senador.
O senador esclarece que aos políticos que estão no mandato até 2014 é dado o direito de reeleição. Essa regra é válida apenas na eleição seguinte. “Para essa unificação, vai ter que haver um mandato maior ou menor, o que será discutido nos trabalhos finais da Comissão”, observou.
O fim da reeleição e a instituição do mandato de cinco anos para prefeito, governador e presidente da República obteve quase a maioria dos votos. Apenas o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi favorável à manutenção da reeleição.
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