Papa aproveitou a ocasião para pedir que os católicos, a exemplo dos novos santos, sejam ‘luzes gentis na escuridão do mundo’
O papa Francisco declarou santa a brasileira Irmã Dulce (1914–1992) neste domingo 13, durante missa no Vaticano. Diante de uma multidão de fiéis, grande parte brasileiros, a agora Santa Dulce dos Pobres foi inscrita no álbum dos santos da Igreja Católica. O papa aproveitou a ocasião para pedir que os católicos, a exemplo dos novos santos, sejam “luzes gentis na escuridão do mundo”.
Junto com outro grupo de brasileiros encontramos Neusa Sales Barbosa, de Fortaleza, devota da nova santa. Ela trouxe ao Vaticano uma foto que tirou ao lado de irmã Dulce. “Essa foto é de 1985 quando visitei as obras de irmã Dulce. Obtive muitas graças e sempre peço ajuda a ela”, declarou. Carta Capital
Na Praça São Pedro, Antônio Carlos dos Santos e Ilderacy da Silva trouxeram uma bandeira do Estado da Bahia para cerimônia que eles consideraram histórica. “O Brasil precisa de paz, muito amor e de compreensão, especialmente com os pobres”, disse Antônio.
Junto com irmã Dulce, outros quatro religiosos foram declarados santos, dentre eles outras três mulheres. Ilderacy concorda que a mulher deva ser reconhecida e ter um papel maior na Igreja, mas que não deveria se casar. “Devem dedicar-se inteiramente à religião”, afirmou.
Os outros novos santos são a italiana Giuseppina Vannini, a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, a suíça Margherita Bays e o inglês John Henry Newman.
Processo de 27 anos
Santa Dulce foi canonizada 27 anos após sua morte. O segundo milagre necessário à canonização foi reconhecido pela Congregação para as Causas dos Santos, em 13 de maio.
José Maurício Bragança Moreira, o miraculado, participou do momento do ofertório na missa.
Antes de ser aprovado, o Vaticano submete a postulação a três análises, uma médica, outra teológica e a final feita pelo colégio de cardeais.
Entre as autoridades brasileiras presentes na celebração estavam o vice-presidente Hamilton Mourão, os presidentes da Câmara e do Senado. O príncipe Charles, do Reino Unido, também acompanhou a missa.