O candidato à presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, esteve em Salvador na sexta-feira (21/09). Esta é a primeira vez que Boulos vem à Bahia como postulante ao cargo.
O candidato veio à capital baiana com uma agenda extensa, que incluiu entrevistas, encontro com correligionários, coletiva de imprensa e um ato promovido por representantes do partido na Bahia.
No início da manhã, Boulos participou de uma entrevista em emissora de TV local. Em seguida, visitou a Sociedade Protetora dos Desvalidos, organização civil fundada em 1832 para auxiliar a comunidade negra a conseguir cartas de alforria no período da escravidão e que hoje trabalha com a luta pela igualdade racial e pelo fim da intolerância religiosa.
No local, o candidato visitou as dependências da entidade, cumprimentou eleitores, recebeu colegas de partido e conversou com a imprensa.
Ele tratou sobre seu plano de governo e de propostas como a “lista suja do machismo”, que, segundo ele, visa penalizar empresas que fazem diferenciação na remuneração de homens e mulheres. “A empresa que pagar menos para a mulher vai estar proibida de fazer negócio com o governo e vai ter seu nome exposto com o selo do machismo”, explicou.
Questionado sobre qual candidato apoiaria em um possível segundo turno, Boulos afirmou que, neste momento, prefere não antecipar uma decisão: “Eu quero falar aqui sobre o primeiro turno. No primeiro turno, as pessoas precisam votar em um projeto que elas confiam, em um projeto de mudança”.
Sobre proposta para geração de empregos, Boulos afirmou que só será possível por meio do investimento público. “Nós vamos voltar a investir e isso vai gerar emprego, agora, para isso, vai ter que enfrentar privilégios”, afirmou.
À tarde, Boulos almoçou com o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles.
Boulos encerrou a agenda em Salvador à noite, quando participou de um ato promovido pelo Psol na Praça da Piedade, centro da cidade.
No local, ele discursou para cerca de 500 pessoas, entre eleitores e colegas de partido. Em pronunciamento, Boulos lembrou a morte da vereadora carioca Mariele Franco, assassinada há seis meses, no Rio de Janeiro.
“Quando morre alguém, é comum que se faça um minuto de silêncio. Nós, não. A gente lembra os nossos e das nossas exaltando os nossos ideais”, disse o candidato, convocando a plateia a um minuto de aplausos em homenagem à Mariele.
No discurso, Boulos falou, ainda, sobre possíveis apoios a outros partidos no segundo turno. “No segundo turno, caso a gente não consiga chegar lá, é momento de derrotar o fascismo, a direta, o golpe. Agora, é hora de votar em um projeto que não tem medo de dizer a que veio”, disse o candidato, sem revelar para qual partido deve declarar apoio. *G1
