Blog do Jorge Amorim

Professora Edite Rosa ocupa tribuna da Câmara e avalia processo de votação de processo contra prefeito

No último dia 19 desse mês, essa casa legislativa foi preenchida por munícipes que tentaram obter em primeira mão a decisão dos excelentíssimos senhores vereadores, acerca de uma denúncia feita por um grupo de professores.

Os visitantes que disputaram lugar na fila para entrada e depois dentro dessa casa, dividiram-se entre professores e representantes do prefeito.

Os professores porque pretendiam saber se a denúncia realizada pelos mesmos seria arquivada ou analisada, enquanto os representantes do prefeito regidos pelos seus secretários, incluindo o de educação promoviam a desordem para tumultuar a votação e inibir os vereadores para que esses, afrontados pela balbúrdia não cumprissem o seu papel de vereança.

Ao que se deveu a presença de tantas pessoas naquela noite? Certamente não foi o desejo de saber como estão exercendo a legislação os senhores vereadores, certamente muitos que aqui vieram naquela noite, caros vereadores não vieram por causa do vosso prestígio nas comunidades em que os senhores se dedicam a conhecer e conhecer os seus problemas, certamente, muitas pessoas que aqui estiveram na sessão passada não estavam preocupados com os serviços prestados pelo vereador.Essa casa em uma única noite sentiu vários sentimentos demonstrados pelos seus visitantes. Foram homens e mulheres de extrema arrogância e pretensão com interesses próprios com fins exclusivos de acovardar os excelentíssimos vereadores.

Essa câmara foi aplaudida e foi zombada, foi ouvida, mas foi vaiada, foi prestigiada e ao mesmo tempo desonrada pela defesa de uma demagogia disfarçada de democracia. É uma pena que a população vítima dessa situação imposta não reconheçam a diferença entre demagogia e democracia.

Vieram funcionários do mais alto escalão da secretaria de educação para incitar nos servidores assalariados a defesa dos seus vencimentos no final do mês, em troca das vaias e tumulto para enxovalhar os nomes dos representantes dessa casa legislativa. 

Foi um verdadeiro vale-tudo para garantir que a votação fosse tumultuada e quem sabe anulada para que os professores perdessem o que lhes foi tirado pela administração municipal.

Afinal o que estava mesmo em votação?

Decidir se os professores tinham direito ou não de reclamar quando lhe fosse tirado vergonhosamente do salário que ele trabalhou suado para receber?

Decidir se os professores aceitariam ou não que a administração como empregadora tivesse o direito ou não de lesar o professor?

Essa votação foi no mínimo, esdruxulha, senão, escandalosa, visto que considerando que os servidores carecem de uma votação na câmara para decidir se o seu nome fica sujo na praça ou não.

Chegaram a gritar que era um golpe a decisão dessa casa.

Para os que pouco conhecem sobre um golpe como aqui foi dito, golpe pode ser usado para retratar a atual situação em que vive o município, um golpe dessa administração para com os seus servidores.

Se for considerado golpe, a luta do trabalhador pelos seus direitos como cidadão, quer dizer que o nosso município deverá aceitar toda condição de infortuno que lhe for causado sem direito a reclamar?

Para aqueles que aqui gritaram sem o conhecimento do significado da palavra golpe, saiba que golpe pode por um lado ser explicado como uma tentativa de tomada de poder inconstitucionalmente, ou também pode ser considerada uma maneira de permanecer no governo a qualquer custo, utilizando métodos ilícitos, manipulando provas e pessoas e fazendo com que uma população se comporte como imbecis incapazes de reação.

Afinal quem está sofrendo um golpe? É o gestor municipal ou os servidores que ele vem lesando?

Percebe-se que essa gestão sente a incansável necessidade de demonstrar a sua importância querendo fazer a população crer que estão agindo com governo da mudança querendo provar a todo o custo que livrou o município de uma “mamata” do passado. A quem se refere quando falam de mamata? Aos servidores efetivos? O que para alguns é chamado de mamata, eu refiro a mim como profissional como competência profissional. O que para muitos é chamado de mamata e que talvez foi desejado por muitos que agora estão mamando custou a mim metade da minha vida em estudos e mais uma prova de concurso público para garantir meu lugar ao sol, por isso eu digo a vocês, ninguém tira essa minha mamata, porque ela é fruto dos meus esforços.

A atual administração vive do passado, querem insistentemente sobreviver das ações da gestão passada. Essa era a promessa da mudança? Se a gestão passada incomodou tanto, e queriam fazer o novo, o que estão esperando para começar a trabalhar e fazer a diferença na cidade?

Gostaria que os senhores soubessem senhores vereadores que na última sessão nessa casa o que pudemos presenciar foi uma tentativa de avexamento dos vossos nomes, uma tentativa de humilhação das vossas condutas. Isso nos induz a crer que os senhores enfrentarão grandes desafios se desejarem honrar os vossos nomes como legisladores nesse município.

Gostaria que os senhores compreendessem que os senhores fazem parte da história política desse município e que ao final do mandato os senhores possam olhar para trás e sentir que não tem vergonha de caminhar de cabeça erguida por ter cumprido o seu papel.

A população de barra do choça elegeu esse grupo para legislar pelo povo! Para elaborar projetos que beneficiem a comunidade, mas que também fiscalizem o uso do dinheiro público para que aqueles que estejam no poder não possam ludibriar a comunidade.

O povo espera que os senhores saibam que quando essa casa deixar de cumprir fielmente o seu papel e o executivo tiver que responder pelos seus atos, essa casa e os seus representantes não deixem o seu mandato em débito com a comunidade. Porque nós vamos cobrar dos senhores vereadores.


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